A savana estépica brasileira, comumente conhecida como cerrado, é um dos seis biomas existentes no Brasil. O bioma Cerrado apresenta a maior biodiversidade do mundo.
Os biomas brasileiros são: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Cada um desses biomas apresenta variados tipos de vegetações e de fauna.
Maiores informações sobre o conjunto dos biomas brasileiros estão disponíveis no nosso artigo Os Biomas brasileiros e suas Vegetações.
Bioma é uma unidade biológica que congrega conjuntos de ecossistemas, e que refere-se a um amplo espaço geográfico, onde predomina determinado tipo de vegetação. Os aspectos climáticos regionais, da fitofisionomia, do solo e da altitude influenciam e caracterizam o bioma.
Normalmente, os biomas abrigam conjuntos de vegetações com caracteres similares. A continuidade e preservação destas coberturas é fundamental para a existência dos habitats da maioria das espécies.
Bioma Cerrado – maior biodiversidade do mundo
O Cerrado é um tipo de Savana tropical. É o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando o equivalente a 22% do território nacional, abrangendo vários estados da Federação. É um bioma típico do Planalto Central brasileiro.
O cerrado abarca a maior biodiversidade do mundo, com magnífica concentração de espécies endêmicas e uma grande variabilidade de habitats.
O bioma cerrado está submetido ao clima tropical, que no Brasil central apresenta concentrações de chuvas no verão e estação seca longa no inverno.
Ele é praticamente condicionado a três fatores – o regime de chuvas, o tipo de solos e a ação do fogo (queimadas naturais). As formações vegetacionais existentes no Cerrado são:
i) a Florestal, incluindo as matas ciliares e de galeria; ii) a Savânica, subdividindo-se em cerrado sensu stricto, palmeiral e veredas; iii) e a Campestre, que contém outras subdivisões, a exemplo do campo rupestre, onde predominam ervas, gramíneas e arbustos (EMBRAPA, 2019).
Existem no cerrado a presença de trechos com campos limpos, onde predominam gramíneas (Figura 1), campos sujos – gramíneas e arbustos, campos cerrados (arbustos com espécimes de 3 a 5 metros), e os cerradões, com bosques arbóreos com matas de galeria (copas se que tocam) e matas ciliares (MAGNOLI e ARAÚJO, 2005).
Alterações paisagísticas
As alterações paisagísticas e o progressivo acréscimo da degradação ambiental da savana brasileira começaram após a transferência da Capital Federal para Brasília, nos anos 1960.
Atualmente inúmeras espécies de plantas e animais correm risco de extinção, comprometendo a rica diversidade biológica deste bioma.
A abertura de novas redes rodoviárias, os incêndios criminosos, a constante expansão agropecuária intensiva praticada pelo agronegócio, e a utilização constante de defensivos agrícolas consubstanciam a crescente substituição do singular cenário natural da savana estépica brasileira.
Manchas isoladas do Cerrado
O predomínio do bioma cerrado ocorre na região Centro-Oeste, nos planaltos e chapadões do Brasil central. Ele foi um dos últimos biomas a serem explorados, contudo, atualmente é um dos mais degradados.
A partir da construção de Brasília e da abertura de rodovias de integração nacional, se descortinou uma nova fronteira agrícola, a partir da correção dos solos com a adição de calcários.
Existem manchas isoladas do cerrado no Domínio Amazônico e no Domínio dos Mares e Morros (São Paulo). Na Bahia, na região oeste e extremo oeste, na Bacia hidrográfica do São Francisco, encontram-se vegetações do cerrado.
Os rios e riachos que afluem para o Velho Chico, nascem nas veredas dos chapadões ocidentais pertencentes ao bioma cerrado. As vegetações florestais existentes são as matas ciliares e matas de galerias – que ocorrem quando as copas das árvores se encontram, formando túneis vegetais.
Na Chapada Diamantina, existe a ocorrência de vegetação oriunda do cerrado, confinadas a regiões de altas altitudes (acima de 1000 metros). Muitas espécies típicas são encontradas na Serra das Almas, Serra do Sincorá e no alto das Serras de Jacobina.
Entre as espécies de plantas típicas das vegetações do cerrado, encontramos nos altos das serras a flor do Candombá, Vellozias (canelas de ema), as Begônias, Orquídeas, Xique-xiques e Bromélias (Figura 2).
Imagem da capa: Parque Nacional da Serra da Canastra – Minas Gerais. Região que abriga as nascentes do rio São Francisco. Foto: Museu do Cerrado.
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