O entorno do estratovulcão Cerro Tronador, que está localizado no sul da Cordilheira dos Andes, fronteira entre Chile e Argentina, engloba um dos mais belos cenários de geoturismo do planeta.
O nome Tronador é decorrente dos fortes estrondos, semelhantes a trovões, emitidos em função dos frequentes deslizamentos das cascatas de gelo dos glaciares e geleiras que compõem o conjunto.
O país dos vulcões
O Chile é o país dos vulcões, com cerca de 2.900 edifícios vulcânicos catalogados. Contudo, estima-se que atualmente existam 90 vulcões em atividade no território chileno.
Entre os importantes vulcões existentes nesta região da patagônia Andina temos o Tronador e o Puntiagudo – extintos, o Calbulco, o Puyehue e o Osorno – em atividade (Figura 1).
A formação da cadeia montanhosa da cordilheira dos Andes é decorrente do choque de placas tectônicas que geram montanhas (orogênese), abalos sísmicos e erupções vulcânicas, com intenso magmatismo e formação de arcos de vulcões continentais.
Como chegar e acesso ao Tronador
O conjunto Cerro Tronador está encravado no interior do famoso Parque Nacional argentino Nahuel Huapi, e nas vizinhanças do Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, na província de Llanquihue no Chile.
No lado argentino, e por onde se dá o acesso, a região pertence à província de Rio Negro, e a cidade mais próxima é San Carlos de Bariloche.
De Bariloche até proximidades da base do Cerro Tronador, a distância é de 86 km. O trajeto é possível seguindo no sentido sul da Ruta Nacional (RN) 40, com trechos de beleza ímpar, margeando à direita lagos de origem glacial – o Gutiérrez e o Mascardi.
O percurso de 36 km até a Vila Mascardi é feito em estrada asfaltada. A partir deste ponto, utilizando-se a RP 82, segue-se em trecho de estrada de terra até a guarita do Parque, e posteriormente até o Ventisquero Negro e base do Cerro Tronador.
Em uma estrada estonteante em meio a lagos e conjuntos rochosos cobertos por neve, o acesso ao Cerro Tronador e Venstisquero Negro é viável por estrada de chão sinuosa, acidentada e congelada em alguns trechos (Figuras 2A, B e C).
No inverno, é necessário o porte e uso de cadenas e/ou telas para colocação nos pneus do veículo (preferencialmente com tração 4×4) para os trechos nevados.
Estratovulcão Cerro Tronador
Um estratovulcão é um tipo de vulcão que contém forma cônica. Ele é formado através do cíclico extravasamento do magma, com alternância de lava derramada e de piroclastos ejetados por diques e sills.
As constantes erupções efusivas ao longo do tempo possibilitam a deposição ao seu redor, gerando este formato em camadas semelhantes a cones. O magmatismo associado tende a ser de composição andesítica de média viscosidade, ou com eventos magmáticos alternados (Sigep/CPRM, 2021).
O Cerro Tronador é classificado como um estratovulcão extinto. Tem uma altitude de 3.478 metros. É um imponente conjunto de estratovulcões, oriundo de lavas de características basalto-andesíticas, que acumularam-se a leste do lago chileno Todo Los Santos.
O Monte Tronador é o mais proeminente deste complexo, e é coberto por geleiras que foram geradas no Pleistoceno (2,5 Ma a 11,5 mil anos), época do auge das atividades vulcânicas.
É um dos roteiros geoturísticos mais bonitos e impressionantes da Patagônia. Lá encontra-se uma ativa geleira, o glaciar Ventisquero negro (Figuras 3A, B e C).
Para maiores detalhes sobre vulcões, lagos glaciais e geologia da Cordilheira dos Andes, consultar os seguintes artigos:
- Entre lagos e vulcões da Patagônia Andina;
- O dinâmico e jovem ciclo geológico da Cordilheira Andina;
- A erosão glacial esculpiu belos lagos.
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